quarta-feira, 10 de março de 2010

Aquaporinas

Aquaporinas
Como a descoberta do sistema de hidratação profunda da pele, feita por um prêmio Nobel, abriu caminho para uma revolução nos cosméticos.

A descoberta
Em 2003, o comitê do Nobel concedeu o Prêmio de Química ao americano Peter Agre por ter descrito o funcionamento das AQUAPORINAS, canais formados por proteínas especiais que atravessam a membrana celular e permitem a entrada e saída de água.
  • Com exceção do tecido ósseo, cada uma dos cerca de 100 trilhões de células do corpo humano é formada majoritariamente de água, presente na proporção de 79% no coração, 76% no cérebro e 70% na pele. Sem as aquaporinas, a vida humana seria inviável.
  • Há uma dezena de famílias de aquaporinas no corpo humano. A aquaporina 3 é específica da pele, dos rins e dos aparelhos respiratório e digestivo.
  • Agre ganhou o Nobel ao demonstrar que as aquaporinas atuam como válvulas elétricas que deixam entrar moléculas de água (carga neutra), mas barram os prótons (carga positiva).
  • Em 2007, outros pesquisadores mostraram como, pelo mesmo canal, as células absorviam também outras moléculas eletricamente neutras, como a uréia e o glicerol.
A esperança de Aplicação
  • Como todo processo bioquímico de manutenção da vida, a eficiência das aquaporinas diminui à medida que a pessoa envelhece. Por isso, rins e coração enfraquecem e a pele torna-se mais seca e enrugada.
  • As empresas de cosméticos anunciam que estão a um passo de encontrar fórmulas químicas capazes de manter a aquaporina 3, específica da pele, em pleno funcionamento por muito mais tempo, de modo que aos 70 anos a pessoa tenha a cútis tão exuberante quanto aos 20 anos.
  • Os cientistas têm várias estragégias para tentar prolongar o funcionamento perfeito da aquaporina 3. A mais utilizada é a dos cremes em cuja fórmula entram proteínas sintéticas similares às naturais. Outro tipo de cosméticos, lançado no mês passado na Europa, utiliza o glicerol com o objetivo de aumentar a quantidade de aquaporina 3 na membrana celular.

Para saber mais: http://www.veja.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário